O Engenheiro e Projetista de Túneis, atua em obras subterrâneas que exigem profissionais especializados, em constante atualização e com vocação para lidar com as incertezas da natureza em uma área que concilia engenharia, geologia e geotecnia.
Os túneis podem ser classificados basicamente de duas maneiras, os naturais e os artificiais, os naturais são os que são escavados em terreno ou rocha, aproveitando parte da matéria prima oferecida pela própria natureza, como o terreno ou mesmo o solo. Já os chamados artificiais, são originados apenas pelo homem, em um terreno ou local onde o túnel é totalmente modelado e construído de acordo com a necessidade, como é o caso do Túnel da Ponte de Øresund (nas imagens abaixo), que liga a Dinamarca à Suécia, mais exatamente Copenhague a Malmö, através do estreito de Öresund. Este Túnel Submarino tem 3510m e é construído todo com seções de concreto que foram levadas ao local e submergidas no mar e interligadas, formando um túnel submarino artificial.
Com relação aos túneis naturais, mais comuns construtivamente, podemos citar os seguintes:
MAIOR DO MUNDO:
Túnel de Base de São Gotardo – Classificado como um túnel natural, este túnel tem 57,1 quilômetros de comprimento e levou 17 anos a ser construído, é o maior túnel do mundo e foi inaugurado em dezembro de 2016. Os Trens de alta velocidade levam 17 minutos a atravessá-lo. O túnel em si custou mais de 10 bilhões de euros - começa em Erstfeld, no cantão suíço de Uri, e termina em Bodio, já num cantão diferente, o Ticino. No ponto onde atinge maior profundidade, o Gotthard vai até 2,3 quilômetros debaixo de terra, com as rochas a atingirem temperaturas até aos 46 graus. Para perfurar a montanha, os engenheiros tiveram de fazer explodir 73 tipos de rochas diferentes, algumas tão duras quanto granito, outras moles como açúcar. Foram escavadas mais de 28 mil toneladas de pedra e nove trabalhadores morreram durante as obras.
O MAIOR DO BRASIL
Túnel Prefeito Marcello Alencar - Também conhecido como Túnel da Via Expressa, é um túnel urbano que atravessa subterraneamente os bairros do Centro, da Gamboa e da Saúde, na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro. Com 3.382 metros de extensão, é o maior túnel subterrâneo do país, permitindo a ligação da Ponte Rio–Niterói e da Avenida Brasil com o Aterro do Flamengo. O trecho mais profundo do túnel chega a 46 metros abaixo do nível do mar. A obra custou R$ 4,5 bilhões aos cofres públicos e foi inaugurada em 19 de junho de 2016 após 3 anos e 8 meses de obras.
O MAIOR DE SANTA CATARINA
Túnel Morro do Boi – Fazendo parte do trecho de duplicação da BR 101, localizado no km 140 da rodovia, entre os municípios de Balneário Camboriú e Itapema, tem 1.007 m de comprimento, 13,9 m de largura e 9,45 m de altura, tendo exigido a retirada de 136 mil m3 de rocha quando da execução e custou R$ 29 milhões, apesar de que se fosse escolhida a opção pela não construção do túnel a época, gastar-se-ia cerca de 12,5 milhões de reais para percorrer o morro pela parte de fora. Dentre as questões ambientais diretas, a opção pela travessia em túnel evitou que houvesse interferências na mata nativa existente e na fauna. Em números, isso representa a preservação de uma área de aproximadamente 105 mil m2 de fauna e flora Atlântica. A expectativa é que o investimento adicional seja recuperado em até 25 anos.
Este túnel foi escavado a fogo, com uso de brocas para perfuração da rocha em até 2 m de profundidade e aplicação de dinamite. O avanço diário foi de, em média, 5 m, pois, após a explosão, era necessário retirar os detritos de rocha. Um máximo de duas cargas de dinamite eram realizadas por dia, uma vez que também se faz necessário, nessa metodologia, aguardar que a rocha se acomode após cada explosão.
Este túnel foi escavado a fogo, com uso de brocas para perfuração da rocha em até 2 m de profundidade e aplicação de dinamite. O avanço diário foi de, em média, 5 m, pois, após a explosão, era necessário retirar os detritos de rocha. Um máximo de duas cargas de dinamite eram realizadas por dia, uma vez que também se faz necessário, nessa metodologia, aguardar que a rocha se acomode após cada explosão.
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